Em Abril de 2015 cientistas chineses publicaram um artigo em que afirmam ter empregado CRISPR-Cas9, um novo método para edição de genoma, em 86 embriões humanos. Os embriões usados no experimento eram "não viáveis", o que significa que não poderiam se desenvolver e formar um feto. O experimento tinha como objetivo investigar a possibilidade de cura para doenças congênitas tais como beta-thalassemia, Tay-Sachs, fibróses cística, hemofilia, etc. Mais recentemente, uma equipe de cientistas britânicos obteve uma autorização para realizar um experimento semelhante.
A simples possibilidade de que, no futuro, a edição do genoma humano possa vir a ser usada para gerar um bebê com "super-inteligência", ou outras característica previamente escolhida, já foi suficiente para causar um grande debate entre filósofos, cientistas, e legisladores.
O que está aqui em questão é a moralidade e a legalidade da edição do genoma humano. Trata-se de um debate importante, mas que não teve ainda muitos reflexos no Brasil.
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ARAUJO, Marcelo de. 2016. "The ethics of editing the human genome with CRISPR-Cas9". In Human Enhancement and the Law: Regulating for the Future, 7-8 January 2016, St Anne's College, University of Oxford, p. 14.
A primeira versão desse texto foi apresentada no "7th International Symposium on Justice", na PUC de Porto Alegre, em novembro de 2015.