Por que revisitar um crime que aconteceu há cem anos na cidade do Rio de Janeiro, em plena Avenida Rio Branco?
A proposta deste artigo é reconstruir as circunstâncias em torno da morte do poeta gaúcho Aníbal Teófilo, assassinado pelo deputado federal Gilberto Amado em junho 1915.
A causa do crime foi uma disputa literária. Amado foi absolvido pelo tribunal de júri da época, mas continuou a exercer cargos públicos: ele foi senador da República, professor de direito penal da Faculdade de Direito de Recife e da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro. Amado foi também diplomata, embaixador, e diretor da Caixa Econômica Federal. Em 1963 Amado tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras. Mas o episódio de 1915 não é mencionado em sua biografia. A morte de Aníbal Teófilo acabou caindo em esquecimento.
A primeira versão deste artigo foi publicada sob a forma de uma narrativa ficcional na revista Desenredos em outubro de 2015.
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ARAUJO, Marcelo de. "Crônica de uma morte esquecida: Após assassinar o poeta Annibal Teophilo, o escritor e político Gilberto Amado foi absolvido e continuou em cargos públicos.” In: Revista de História. Biblioteca Nacional: Rio de Janeiro, n. 124, p. 36-39, 28 julho de 2016.