Resumo: Na primeira parte deste artigo mostro por que razões o discurso sobre os direitos humanos, na segunda metade do século 20, foi inicialmente visto com grande ceticismo em sua capacidade compelir os Estados a um algum tipo de conduta moral no âmbito das relações internacionais. Em seguida, na segunda parte, examino as razões pelas quais, com final da Guerra Fria, esse mesmo tipo de ceticismo começou a recrudescer. A tese que defendo é a de que a interconexão crescente entre os vários atores das relações internacionais – incluindo atores não-estatais – tem contribuído para o surgimento um sistema de normas descentralizadas no contexto do qual o discurso sobre o conceito de direitos humanos pode ser justificado sem nos comprometermos com idéias metafísicas tais como leis e direitos naturais.
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ARAUJO, Marcelo de: "Multilateralismo e Governança: A Institucionalização Difusa dos Direitos Direitos Humanos no Contexto da Política Internacional". In: Ethic@ (UFSC), v. 6, 2007, p. 109-131.