segunda-feira, 9 de maio de 2016

David Hume e o “número de Dunbar”: uma abordagem evolucionista sobre os fundamentos da moralidade (2016)

Quantos amigos você tem no Facebook? Mais de 150? Então alguns talvez não sejam realmente seus amigos. A questão é saber por quê. 

O antropólogo Robin Dunbar propôs há alguns anos que o número máximo de indivíduos com os quais podemos manter relações pessoais, e cultivar laços de amizade, é de aproximadamente 150 pessoas. Isso ocorre por causa de uma limitação cognitiva de seres humanos, e não pela falta de interesse em expandir nosso círculo de amizade.

O objetivo deste artigo é examinar algumas implicações que a hipótese de Dunbar tem para a filosofia moral. A ideia central que proponho aqui é que a "justiça" é uma convenção social indispensável para que possamos interagir de modo cooperativo no contexto de grupos que ultrapassam o "numero de Dunbar". O artigo retoma, por um lado, a teoria da justiça proposta por David Hume na terceira seção de Uma Investigação sobre os Princípios da Moral, e, por outro lado, a hipótese de Dunbar acerca do número máximo de indivíduos com os quais uma pessoa pode manter relações sociais estáveis. 

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© Como citar este artigo: 
ARAUJO, Marcelo de: "David Hume e o 'número de Dunbar': uma abordagem evolucionista sobre os fundamentos da moralidade". In: Veritas, 2016, v. 61, n. 1, p.89-106. DOI: http://dx.doi.org/10.15448/1984-6746.2016.1.21659.