segunda-feira, 4 de junho de 2018

A visão mais ampla possível: Direito e literatura em "A Balada de Adam Henry", de Ian McEwan (artigo / 2018)

Esse artigo foi escrito em conjunto com Clara Savelli. Ele resulta de uma apresentação que fizemos no Curso de Extensão em Direito e Literatura, na Faculdade de Direito da UFRJ, em abril de 2018. O artigo explora a relação entre direito e literatura no romance A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan, originalmente publicado como Children Act, em 2014.
Trecho do artigo:
Em A Balada de Adam Henry podemos acompanhar a rotina de Fiona Maye, uma juíza experiente e que ao longo de sua carreira teve de lidar com muitos casos difíceis. Agora ela tem um novo desafio nas mãos: decidir se Adam Henry, um jovem de 17 anos, que é testemunha de Jeová, deve receber, contra a sua própria vontade, a transfusão de sangue necessária para salvar sua vida. Como ele é menor de idade, ainda que prestes a completar 18 anos, cabe a Fiona decidir seu futuro. Fiona tem que fundamentar sua decisão com base no Children Act, que determina que o bem “bem-estar” do menor deve sempre prevalecer. A dificuldade, porém, consiste justamente em saber o que vai promover o bem-estar de Adam: permitir que ele seja coerente com a religião que decidiu abraçar, sem comprometer os laços que o unem à sua família e à comunidade em que vive, ou forçá-lo a receber o tratamento. A juíza procura então dar ouvidos a todas as partes. Sua intenção é poder alcançar a visão mais ampla possível a respeito do caso.

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© Como citar este artigo:
SAVELLI, Clara; ARAUJO, Marcelo de. 2018. "A visão mais ampla possível: Direito e literatura em A Balada de Adam Henry, de Ian McEwan". In: Jota, 30 de maio de 2018.